Essa é uma das perguntas mais frequentes no consultório — e a resposta é: depende do seu caso.
Existem diferentes técnicas cirúrgicas para tratar as hemorroidas, e cada uma tem suas indicações específicas, vantagens e limitações. A escolha da melhor opção deve ser individualizada, levando em conta:
- O grau das hemorroidas (volume, prolapso, sangramento);
- A presença de sintomas associados, como fissuras ou tromboses;
- As condições clínicas do paciente;
- A disponibilidade de técnicas e equipamentos;
- E claro, a experiência do coloproctologista com cada método.
🔹 Principais Técnicas Cirúrgicas
1. Hemorroidectomia Tradicional (Ressecção)
- Indicada para hemorroidas grau III/IV volumosas ou com prolapso permanente.
- Pode ser feita com bisturi elétrico, laser, Ligasure, entre outros.
- Vantagem: mais definitiva para casos avançados.
- Desvantagem: recuperação mais dolorosa e lenta.
2. Cirurgia com Grampeador (PPH / Longo)
- Reposiciona o tecido hemorroidário sem removê-lo.
- Ideal para hemorroidas internas com prolapso, mas sem componente externo significativo.
- Vantagem: menos dor no pós-operatório.
- Desvantagem: não indicada para hemorroidas externas.
3. Técnicas minimamente invasivas (THD, laser, hemorroidoplastia)
- Preservam os tecidos, com menos trauma.
- Vantagens: menos dor, recuperação rápida, alta no mesmo dia.
- Desvantagens: custo mais alto e possibilidade de recidiva em casos mais graves.
⚖️ Conclusão
Não existe uma única “melhor” cirurgia para todos os casos. O ideal é realizar uma avaliação com um coloproctologista, que poderá indicar o procedimento mais adequado para o seu tipo de hemorroida e suas necessidades específicas.
O sucesso do tratamento depende tanto da técnica quanto do preparo, do cuidado no pós-operatório e do seguimento adequado.
Olá, gostaria de saber se a cirurgia por grampo a pessoa ter relação anal ?
Sim, a relação anal pode ser retomada futuramente, mas com algumas considerações importantes:
⏳ Tempo de espera
É essencial respeitar o tempo de cicatrização completa, que costuma ser de 4 a 6 semanas, podendo variar conforme a recuperação individual.
Forçar a região antes da cicatrização completa pode causar dor, sangramentos ou complicações.
⚠️ Sensibilidade e mudanças locais
Algumas pessoas podem perceber maior sensibilidade ou desconforto temporário na região anal após a cirurgia.
Como a cirurgia atua no canal anal superior (linha pectínea), geralmente não compromete a anatomia do esfíncter externo, preservando a função.
✅ Importância da avaliação médica
Antes de retomar a atividade sexual anal, o ideal é passar por uma consulta de retorno para avaliar se a cicatrização está adequada.
Em casos com complicações, fissuras associadas ou dor persistente, o tempo de espera pode ser maior.